Via Campesina Brasil realiza Seminário de Diversidade Sexual e de Gênero

Mais de 50 LGBTI+ do campo, das águas e das florestas se encontraram em Brasília (DF), entre os dias 5, 6 e 7 de abril

Foto: Mayra Souza / MAM

Durante os dias 5, 6 e 7 de abril, o Coletivo LGBTI+ da Via Campesina Brasil realizou mais um seminário nacional para debater a diversidade sexual e de gênero no campo. Cerca de 50 LGBTI+ de todo o país se reuniram no Instituto São Boaventura, em Brasília, no Distrito Federal.

O seminário teve como objetivo fortalecer a organização e dar visibilidade às pessoas LGBTI+ no campo, nas águas e nas florestas, denunciando as violências e preconceitos enfrentados nos territórios e construir estratégias coletivas de resistência e transformação, apontou Luana Oliveira, integrante do Coletivo e dirigente do Movimento dos(as) Trabalhadores(as) Rurais Sem Terra – MST.

Para Maria Santos de Jesus, do Movimento de Pequenos(as) Agricultores(as) – MPA, construir práticas de libertação e enfrentar a LGBTfobia no campo são processos permanentes na Via Campesina, reforçando nossa luta por um campo mais justo, diverso e livre de opressões.

A programação iniciou no sábado, 05, com análise de conjuntura política com a participação de Ceres Hadich, da direção nacional do MST, e Alessandro Mariano, chefe de gabinete da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MSHC).

No mesmo dia, Rita Zanotto, da secretaria operativa internacional da LVC, e Luana Oliveira, apontaram os caminhos da construção do debate sobre diversidade sexual e de gênero da LVC Internacional. Em seguida, Anderson Amaro, dirigente nacional do MPA e da Coordenação Latino-americana de Organizações Camponesas – CLOC, falou sobre a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Camponeses e Camponesas (sigla UNDROP, em inglês).

Na manhã do domingo, 6, o tema abordado no seminário foi o Feminismo Camponês e Popular, por Elisa Estronioli, do Movimento dos(as) Atingidos(as) por Barragens – MAB, e Valcilene Lobato, do Movimento de Mulheres Camponesas – MMC. Na mesma manhã, Dê Silva, do MST, abordou os passos dados até aqui para a construção da Campanha Contra LGBTI+fobia. À tarde, os movimentos reuniram seus coletivos de diversidade sexual e de gênero para apontar ações de unidade. Na segunda-feira, 07, o debate ocorreu acerca do planejamento para os próximos passos do coletivo.

“No Brasil, as LGBTs morrem pela violência LGBTfóbica, que também se apresenta através da fome, da falta de acesso à terra, à possibilidade de viver no campo. Temos afirmado que é necessário unificar as nossas lutas, contra o machismo e o patriarcado, nossa luta é pela liberdade sexual e de todas as opressões de gênero”, defendeu Elaine Rodrigues, da coordenação do MAB.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro

| Publicado 07/04/2025 por Coletivo Nacional de Comunicação do MAB

Bordando Resistência: Arpilleras das Mulheres Atingidas por Barragens vão ocupar o MASP

De 11 de abril a 03 de agosto de 2025, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) apresenta a exposição “Mulheres Atingidas por Barragens: Bordando Direitos”.

| Publicado 22/09/2023 por Arlla Xavier e Wesley Lima - MST

Via Campesina Brasil realiza Seminário e potencializa o debate da diversidade sexual e gênero nos territórios

Seminário contou com a presença de mais de 80 pessoas, com representações de outros seis países

| Publicado 31/08/2023 por Mário Manzi / Via Campesina

Via Campesina Brasil realiza III Seminário Diversidade Sexual e de Gênero

Entre os dias 14 e 17 de setembro a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) recebe o III Seminário Diversidade Sexual e de Gênero na Via Campesina Brasil