Salve a Amazônia | Apoie a campanha emergencial em apoio às comunidades ribeirinhas atingidas pela seca na Amazônia
Seca severa compromete o abastecimento de água e alimentos em grandes cidades e comunidades em toda a região amazônica
Publicado 05/09/2024 - Atualizado 06/09/2024
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) lança hoje, 05 de setembro, a campanha Salve a Amazônia, que tem como objetivo principal arrecadar recursos para a compra e distribuição de água potável, alimentos e instalação de tecnologias de filtragem e armazenamento de água para as comunidades atingidas pela seca dos rios da Bacia Amazônica. As ações da campanha terão inicio em Rondônia e no Amapá.
Pior seca da história recente
Em 2024, a Amazônia enfrenta a pior seca registradas em sua história recente, segundo o Centro de Monitoramento de Desastres Naturais – Cemaden. O órgão afirma que as previsões para os próximos meses deste ano são piores do que as de 2023, que já havia desencadeado uma crise humanitária e ambiental de proporções significativas, impactando severamente a vida de milhões de habitantes e desafiando as estruturas de abastecimento de água, alimentos e os direitos básicos na região.
Entre os rios mais afetados estão o Madeira, que impacta o abastecimento de água da capital de Rondônia, Porto Velho (RO), e diversas comunidades do Baixo Madeira. O Rio Madeira atingiu a cota de 1,2 m durante a madrugada da última terça-feira (3): o menor nível já registrado nos últimos 60 anos. O MAB tem acompanhado as comunidades ribeirinhas que enfrentam dificuldade de acesso à água potável, e nos deslocamento e escoamento da produção. “Existe uma grande possibilidade de falta de abastecimento de água e de alimento. Nós estamos cobrando do poder público municipal, estadual e federal um atendimento e acompanhamento através de ações concretas para com as comunidades, nesse momento de crise hídrica e de seca do maior rio, do maior afluente do Rio Amazonas”, alerta Océlio Muniz, integrante do MAB.
O Rio Negro, em Manaus (AM), também atingiu níveis historicamente baixos, expondo áreas antes submersas e impactando a vida aquática e as comunidades locais. Igualmente, o Solimões registrou níveis d’água muito abaixo do normal, afetando a navegação e a pesca na região. No Amapá, o Rio Tartarugalzinho foi um dos principais cursos a ser significativamente impactado com a diminuição drástica do seu nível que já afeta diversas comunidades tradicionais.
Impactos na vida da comunidade
Os impactos da seca na Amazônia são diversos e abrangentes. A diminuição do nível dos rios dificulta a navegação, o transporte de pessoas e mercadorias, e o acesso à água potável para as comunidades ribeirinhas. A pesca, atividade econômica fundamental para muitas famílias, é severamente afetada pela redução dos estoques pesqueiros e pela degradação dos habitats aquáticos.
A seca também aumenta o risco de incêndios florestais, que liberam grandes quantidades de carbono na atmosfera e contribuem para o aquecimento global. Além disso, a falta de água impacta a agricultura, a pecuária e a geração de energia hidrelétrica, com consequências para a economia regional e nacional.
As causas dessa crise são multifacetadas e interligadas. As mudanças climáticas, com o aumento das temperaturas e a alteração dos padrões de chuva, desempenham um papel fundamental, sendo causadas pelo desmatamento desenfreado, que reduz a capacidade da floresta de regular o clima e as chuvas, agrava ainda mais a situação.
Doações
PIX
As doações podem ser realizadas por meio do PIX ou diretamente para a conta bancária da Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (ANAB), pelo PIX: 73316457/0001-83 .
Arrecadação de água em Porto Velho (RO)
Em Porto Velho, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, o MAB também está recebendo doações de água que podem ser entregues na sede do Ministério Público do Trabalho – MPT (localizado na Av. Presidente Dutra, 4055 – Olaria), entre 7h30 até às 15h, durante todo o mês de setembro.
Outros tipos de doações
Para qualquer outro tipo de doação, entrar em contato por email: [email protected]