Movimentos populares brasileiros assinam manifesto em defesa da paz na Venezuela

Organizações populares defendem em nota que é preciso respeitar direito à autodeterminação dos venezuelanos e repudiam tentativas de intervenção estrangeira em eleições do país vizinho

Nicolás Maduro tem novo mandato até 2031. Foto: Telesur

Os Movimentos Populares brasileiros vem através desta manifestar apoio e solidariedade à República Bolivariana da Venezuela diante dos ataques da extrema direita após seu processo eleitoral.
No último domingo, 28, a Venezuela passou por mais uma jornada democrática através do voto popular para respaldar o projeto de país levado a cabo pela Revolução Bolivariana.
Queremos, primeiramente, saudar o povo Venezuelano pelo belo exemplo de jornada pacífica, transparente e organizada demonstrada nestas eleições.

Porém, a extrema direita, articulada e financiada pelo imperialismo estadunidense, não reconheceu os resultados das urnas e estão provocando desestabilização, utilizando o velho método violento das guarimbas nas ruas, convocadas pelos setores oposicionista ao Chavismo no país. Vale lembrar que são os mesmos métodos que os fascistas bolsonaristas utilizaram aqui no Brasil, não reconhecendo a vitória de Lula e promovendo o terrorismo que culminou no 8 de janeiro. O manual é o mesmo. Apenas muda os financiadores.

Diante deste contexto, nós movimentos populares brasileiros, queremos:

  • Respaldar o processo eleitoral e o resultado das urnas no último domingo dia 28 de julho, divulgado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) no qual se elege para mais um mandato o Presidente Nicolás Maduro, representando a vitória do Gran Polo Patriótico com 51,2% dos votos frente as demais candidaturas;
  • Respaldar a Nicolas Maduro como presidente eleito pelo o povo venezuelano;
  • Reafirmar o direito a autodeterminação do povo venezuelano em decidir pelo seu próprio destino;
  • Denunciar com veemência as ingerências estrangeiras respaldadas pela OEA em não acreditar na transparência dos resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela;
  • Denunciar os atos de violência levado a cabo pelos setores ultradireitista no país;
  • Exigir que os governos da América Latina respeitem a vontade popular venezuelana e os resultados proclamados pelo CNE e que não plantem discórdias entre os governos da região;
  • Denunciar a tentativa de golpe de Estado contra o presidente eleito Nicolas Maduro;
  • Defender a soberania e a paz na Venezuela como garantia da paz e da soberania de todos os países da América Latina e Caribe;

Brasília, 01 de agosto de 2024

Assinam esta Nota:
Agentes de Pastoral Negros do Brasil – APNs
Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – ABJD
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Intersex – ABGLT
Central de Movimentos Populares – CMP
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes
Coletivo Kizomba
Coletivo Nacional dos Eletricitarios – CNE
Confederação Nacional das Associações de Moradores – CONAM
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE
Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos –CONAQ
Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
Levante Popular da Juventude – LPJ
Marcha Mundial das Mulheres – MMM
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento Brasil Popular – MBP
Movimento de Mulheres Camponesas – MMC
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais – MPP
Movimento Sem Terra – MST
Movimento Pela Soberania Popular na Mineração – MAM
Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Campo -MTC
Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos – MTD
Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes – OCLAE
Território Cultural Okaracy
Uniao Brasileira de mulheres – UBM
União Nacional dos Estudantes – UNE
União de Negras e Negros pela Igualdade – Unegro

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