MAB se une a sindicatos e organizações sociais na Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília
Ministros do governo Lula participaram de plenária das que antecedeu a Marcha
Publicado 23/05/2024 - Atualizado 23/05/2024
Integrantes do MAB, de diferentes partes do país, viajaram até Brasília (DF) para participar da Marcha da Classe Trabalhadora, que aconteceu ontem (22). Ao todo, cerca de 20 mil representantes de sindicatos, centrais, organizações e movimentos sociais de diferentes estados participaram do evento. O objetivo era reivindicar ao governo federal políticas focadas em garantir melhores salários, desenvolvimento econômico e pleno emprego para toda a população. Por isso, antes da Marcha, foi organizada uma plenária dos trabalhadores com ministros do presidente Lula e representantes de diferentes pastas e secretarias.
Representando o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a atingida Amanda Paulino subiu ao palco da Marcha para saudar os trabalhadores e reforçar o apoio ao movimento sindical. “Passamos 72 horas nas estradas de diversos estados. E nós, atingidos, estamos aqui na Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras e viemos aqui dizer que É tempo de avançar! Queremos nossos direitos! Exigimos nossos direitos! E não à PEC 32! E viemos dizer que Água e Energia não são mercadoria”, bradou.
Segundo Iury Paulino, integrante da coordenação do MAB, participar da Marcha foi de extrema importância para fortalecer a unidade do movimento sindical e do movimento popular no país.
“A marcha é muito simbólica. Ela é a primeira grande marcha dos trabalhadores e sempre foi muito forte, mas depois do ataque dos criminosos fascistas à Brasília, em 8 de janeiro de 2023, houve uma motivação e uma disposição a mais do povo trabalhador para vir até aqui e ocupar esse espaço que é do povo, para fortalecer a Esplanada como um espaço da democracia e o MAB está junto. Então, para nós, é uma afirmação dessa unidade da luta do campo popular e do campo sindical em defesa do Brasil e pela reconstrução do Brasil”, disse o dirigente.
Presente no evento, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), falou sobre a importância de, a partir do ato, estabelecer uma análise real e concreta para esclarecer, a qualquer bancada ligada ao Lula ou à extrema direita, sobre o que acontece, de fato, com os trabalhadores. “O direito ao trabalho e a relação do trabalho vem sendo atacado desde o golpe contra a presidenta Dilma. Portanto, é momento de reagir, pautar esse debate da redução de jornada ao trabalho, de direito ao trabalho, de negociação coletiva, recuperar prejuízos gerados pelos governos nefastos é fundamental”, afirmou.
Já o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou as conquistas do governo, apesar das dificuldades no Legislativo. “A nossa função aqui de dentro do governo é trabalhar e trabalhar para reconstruir o país. A de vocês é pautar o governo e a sociedade. É dizer no que temos que colocar mais peso. O que deve ser prioridade para a classe trabalhadora. Estamos em trincheiras opostas, mas do mesmo lado da história. O lado da democracia”, afirmou.
Dentre as reivindicações apresentadas na marcha, estão a reconstrução do estado do Rio Grande do Sul, a revogação do novo Ensino Médio, trabalho decente, valorização do serviço público, menos juros e a correção da tabela do imposto de renda. Além disso, a manifestação também foi em defesa da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres e reforma agrária.