Nota | Grupo da Terra manifesta apoio à ministra da saúde Nísia Trindade da Silva

Desde que assumiu a pasta, ministra tem sofrido ataques vindos de bolsonaristas e líderes do centrão interessados em desestabilizar governo Lula; Leia a nota completa

Ministra da Saúde Nísia Trindade Lima. Foto: Carolina Antunes/MS


Nós, Movimentos Populares do Campo, das Floresta e das Águas que Integramos o Grupo
da Terra, queremos nos somar às manifestações de apoio à Ministra da Saúde Nísia
Trindade Lima, por entendermos que sua atuação no campo da saúde pública é marcada
tanto por sua seriedade e preparo, quanto pela sua sensibilidade e capacidade na condução
de situações difíceis.

Frequentemente, mulheres em cargos de gestão são rotuladas com adjetivos que
descrevem sua personalidade de forma pejorativa e preconceituosa. Como consequência,
as ações realizadas com competência, assertividade, resultados positivos e seriedade
sofrem com um apagamento cruel. Ainda somos poucas a assumir cargos de liderança e
o machismo estrutural nos espaços de privilégio de gênero masculino segue a nos oprimir.

Os ataques dirigidos a Ministra Nísia Trindade são misóginos, violentos e não contribuem
para a construção de um processo democrático e acontecem em um momento que a
democracia brasileira passa por uma situação de fragilidade, necessitando ser cuidada e
garantida.

Estamos diante de uma ofensiva de grupos liberais e de extrema direita que querem
implementar um amplo projeto de privatizações do Sistema Único de Saúde (SUS),
transformando o direito do povo brasileiro em mais uma mercadoria. Enfraquecer o SUS
e favorecer planos de saúde, colocando o lucro acima da vida.
Como movimentos sociais, estamos voltados aos diálogos sobre a saúde da população do
Campo, das Floresta e das Águas na perspectiva de podermos reconstruir uma atenção à
saúde de todos e todas a partir de seus territórios, assentamentos, quilombos,
comunidades tradicionais e demais espaços onde nós vivemos.

A permanência de Nísia Trindade à frente do Ministério da Saúde é fundamental para o
fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que cumpra com os princípios
constitucionalmente estabelecidos e para o avanço científico e tecnológico bem como na
defesa da democracia.

Organizações que compõem o Grupo da Terra:
Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Ruais Sem Terra
Movimento de mulheres camponesas
Movimento dos Pequenos Agricultores
Articulação popular São Francisco vivo
ASA- Articulação Semiárido Brasileiro
Conselho Nacional das Populações Extrativista
Comissão pastoral da terra
Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil
Movimento dos Atingidos por Barragens
Coordenação Nacional das comunidades Quilombolas CONAQ
Comissão Nacional das Reservas Extrativistas e dos Povos Tradicionais Extrativistas
Costeiros e Marinhos – CONFREM-BRASIL
Articulação Nacional das Mulheres Pescadoras
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
Macha das Margaridas
Cuida, Promover, Preservar Saúde se Conquista com Luta Popular

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro

| Publicado 05/04/2024 por Camila Fróis / MAB

Barragens promovem precarização da saúde pública, mas empresas responsáveis negam na justiça pedidos de reparação

Estudos atestam o adoecimento sistêmico da população atingida, causado pela exposição contínua a metais pesados, insegurança e perda de vínculos sociais

| Publicado 28/03/2024 por Movimento dos Atingidos por Barragens - Rio de Janeiro

NOTA | MAB se solidariza com atingidos de Cachoeiras de Macacu (RJ) e cobra medidas urgentes

Segundo a Defesa Civil Municipal, o município contabiliza mais de quatro mil pessoas atingidas diretamente

| Publicado 18/06/2024 por Amélia Gomes / MAB

Repactuação Rio Doce: atos em BH marcam repúdio dos atingidos às negociações sem participação popular

Mobilização reuniu 150 atingidos de 16 municípios da Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais