Retrospectiva | “Resistir, lutar e cuidar da vida do povo”; leia o artigo
Em um ano difícil, atingidos fortalecem laços de solidariedade e luta por direitos
Publicado 14/12/2020 - Atualizado 14/12/2020
Ao longo do ano de 2020, sofremos muito com a pandemia, com a crise na economia e o projeto de destruição da soberania de nosso país. Uma das causas principais para este quadro é um governo neofascista, que tem o povo e todo tipo de ciência como inimigo principal.
O povo brasileiro está sendo obrigado enfrentar grandes dificuldades. Deveria ser obrigação do governo adotar medidas para proteger e colocar a vida acima do lucro e de interesses políticos. Mas, infelizmente, não foi, e não tem sido assim.
Enquanto aumentam a miséria, o desemprego e as mortes pela Covid-19, fruto de uma sociedade capitalista que já nada tem a oferecer aos trabalhadores, o governo age para privilegiar o grande capital e proteger os seus esquemas de gangues de milicianos.
A realidade tem revelado perda de direitos, queda na renda, aumento brutal dos preços dos alimentos, da luz, da água, do gás e dos combustíveis. Ou seja, o custo de vida do povo aumentou. A fome e a escassez são realidades.
Até o momento, a pandemia já causou a morte de mais de 165 mil brasileiros. Bolsonaro está boicotando até mesmo as vacinas que outros países descobriram e podem salvar vidas. E, para não gastar dinheiro com saúde pública, quer que a vacinação não seja obrigatória.
A ajuda emergencial de 600 reais foi conquistada à base de muita pressão e tem grande importância para a população trabalhadora. Bolsonaro foi derrotado neste tema porque a ideia inicial dele era de que o auxílio fosse de no máximo 200 reais. Não satisfeito, agora, quer o fim do auxílio emergencial já a partir do próximo ano.
Em plena pandemia, enquanto cuidamos da saúde e temos restrições para fazer grandes lutas e mobilizações de rua, o governo está aproveitando para passar a boiada em tudo.
As riquezas naturais e o patrimônio público brasileiro continuam, cada vez mais, sucateados e privatizados. Até mesmo as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS tentaram privatizar, mas, frente ao enorme desgaste, recuaram momentaneamente.
Só no setor elétrico, uma gigantesca dívida de mais de 15 bilhões de reais foi doada para as empresas e o povo será obrigado devolver em aumentos nas contas de luz a partir de janeiro do próximo ano. Uma explosão de aumentos nas contas de luz está por vir.
Enquanto isso, o desemprego chegou aos patamares mais altos da história. Dados recentes colhidos pelo IBGE mostram que cerca de 25% dos trabalhadores estão desempregados ou subutilizados (desocupados + desalentados + subocupados). Ou seja, um quarto da nossa força de trabalho (mais de 25 milhões de trabalhadores) está sem salário digno, beirando a miséria.
Em processos eleitorais em outros países, vimos o extremo-conservadorismo ser derrotado. Por aqui, devemos seguir firmes com nossas iniciativas de solidariedade, organização do povo e conscientização para aumentar nossa força própria. Precisamos seguir resistindo e cuidando da vida e do povo.
Temos que derrotar o neofascismo e seus representantes de plantão. Precisamos seguir a luta por direitos e contra os projetos de exploração do capital. Nos próximos períodos, teremos que lutar juntos em todas as frentes de batalhas. O poder emana do povo e isso nos anima. Vamos à luta.