Atingidos de Itatiaiuçu-MG exigem direitos em caminhada pela cidade
Cerca de 60 atingidas e atingidos realizaram uma caminhada até o primeiro barramento da área de risco no bairro Pinheiros, com saída da praça principal. O grupo protocolou junto ao posto […]
Publicado 28/03/2019
Cerca de 60 atingidas e atingidos realizaram uma caminhada até o primeiro barramento da área de risco no bairro Pinheiros, com saída da praça principal. O grupo protocolou junto ao posto de atendimento da ArcelorMittal um documento com reivindicações das mais de 200 pessoas evacuadas.
O local foi decretado de risco e evacuado pela mineradora ArcelorMittal no dia 8 de fevereiro, há 48 dias. Apesar de várias ruas estarem bloqueadas com cones e ter monitoramento de seguranças particulares contratados pela empresa, ainda há moradores dentro desse perímetro.
Martha Rezende, moradora do bairro Pinheiros, afirmou que a caminhada, a assembleia e a presença da imprensa “são as únicas possibiliodade de a empresa ouvir a gente. Eles falam que, como nossas casas não estão dentro do perímetro fechado, nós não somos atingidos, mas nós somos sim”.
Após a caminhada houve uma assembleia com a presença dos Ministérios Público Estadual e Federal e Defensoria Pública. Lauro Coelho, procurador do Ministério Público em Divinópolis, afirmou que o edital para contratação de uma assessoria técnica já foi publicado. Outra questão debatida é a possibilidade de elevação do nível de risco da barragem, que continua nível 2. A mineradora contratou uma nova empresa para avaliar as condições da barragem, que se reportará ao Ministério Público para a garantir uma avaliação independente.
O proucrador afirma que questões individuais podem ser encaminhadas e acompanhadas pela Defensoria Pública. Ele recebeu ao final da reunião, demandas individuais das famílias atingidas.
Gustavo Roldi, representante jurídico da ArcelorMittal, respondeu às demandas da população. A empresa se comprometeu a melhorar o seu fluxo de informações aos atingidos com prazos e especificações de análises. A população exigiu uma agenda de reunião com a empresa para discutir os problemas que estão ocorrendo nas resoluções do TAP.