No Piauí, MAB realiza manifestação contra a privatização da CEPISA

Distribuidora estatal do Piauí foi vendida nesta manhã

O grupo empresarial “Equatorial Energia” comprou nesta quinta-feira (26) a Companhia de Energia do Piauí (Cepisa), no 1º leilão de privatização de distribuidoras controladas pela Eletrobrás.

A empresa estatal foi vendida por apenas R$50 mil e agora pertence ao empresário Jorge Paulo Lemann, que tem uma fortuna estimada em R$ 90 bilhões, considerado o homem mais rico do Brasil. Lemann, que também é dono da Ambev, foi um dos apoiadores do golpe de 2016.

Em resposta, atingidos por barragens realizam ato em frente à sede da empresa, na capital Teresina, junto com eletricitários e sindicatos aliados.

Atualmente, a CEPISA é a maior empresa do estado do Piauí, ela é responsável pelo fornecimento de energia para a população piauiense, o que a torna altamente estratégica para o desenvolvimento econômico e social da região, por se tratar de um dos estados com menor IDH do Brasil, além de estar entre as seis empresas públicas de energia existentes no país.

“A empresa vale 5 bilhões de reais, no entanto, foi vendida por apenas R$ 50 mil reais. Para nós, trata-se de um forte saqueio e pilhagem das nossas riquezas, que deveriam estar a serviço do povo brasileiro e não sendo transferidas para os capitalistas continuarem lucrando mais e mais”, afirma Dalila Calisto, da coordenação do MAB na região.

Das seis distribuidoras, a CEPISA será a primeira da lista de privatizações do governo golpista. As demais distribuidoras que serão privatizadas estão com o leilão marcado para acontecer no dia 30 de agosto, com exceção da CEAL, em Alagoas, que está suspenso depois de uma decisão judicial.