Em MG, atingidos fazem marcha em defesa das águas no Vale do Jequitinhonha
Com muita animação, 250 atingidos por barragens, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Vale do Jequitinhonha, participaram neste sábado (17), da Marcha em Defesa da Água, na […]
Publicado 18/03/2018
Com muita animação, 250 atingidos por barragens, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Vale do Jequitinhonha, participaram neste sábado (17), da Marcha em Defesa da Água, na cidade de Araçuaí(MG). Atividades regionais fazem parte do início do Fórum Alternativo Mundial das Águas (FAMA), que acontece em Brasília, entre os dias 17 e 22 de março.
As lutas na região do semiárido são relacionadas a falta de acesso a água. Sengundo representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), as políticas públicas não chegaram nessas regiões. A população nessa região não acessam agua tratada para consumo, nem para produção. O abastecimento é feito por meio de caminhão pipa ou realizam a saga de buscar água bicas há quilômetros de distância, relata Aline Ruas, da coordenação estadual do MAB.
A Marcha em Defesa da Água percorreu todo o centro de Araçuaí para dialogar com a população local sobre a importância do FAMA. Um panfleto foi entregue para motoristas, comerciantes e dentro do mercado da cidade.
Mineração
Na cidade de Araçuaí foi descoberto uma grande jazida de lítio, mineral utilizado no setor da comunicação para produção de baterias de celular e computadores portáteis. A mina fica dentro de uma área de preservação ambiental na cidade, na região da Chapada do Lagoão.
O MAB está ajudando na defesa da Chapada, pois lá existe mais de 140 nascentes. Sabemos como a mineração satura a água local e a Chapada abastece as duas cidades. Queremos que a exploração seja dialogada e com a participação do povo, comenta Aline Ruas.
“O FAMA traz para a população brasileira o debate sobre o quanto grandes corporações internacionais utilizam de nossa água com abuso e descaso. E, principalmente, o quanto precisamos combater essas práticas no nosso País, além de defender nossas riquezas”, ressalta representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).