Atingidos de Minas Gerais e do Espírito Santo se mobilizam para o FAMA

Em defesa das águas e da vida, atingidos por barragens, mineiros e capixabas, se organizam para ir ao Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA). O evento de caráter internacional acontece entre os dias 17 e 22 de março e contrapõe o Fórum Mundial da Água, que reúne corporações interessadas em promover a privatização das fontes naturais e dos serviços públicos de água.

Duas marchas simultâneas marcam o início das lutas regionais em atividades do FAMA, em locais com grandes conflitos pela água. A primeira caravana sairá do semiárido mineiro. No dia 17/03, pela manhã, os atingidos por barragens do Vale do Jequitinhonha, fazem a “Marcha em defesa das Águas”, em Araçuaí. A concentração do ato será na Praça das Rosas, às 9h- Centro. À tarde a caravana chega ao distrito de Vale das Cancelas, em Grão Mogol, para outra atividade.

No domingo (18/03), a caravana estaciona em Montes Claros e participa da “Corrida e Caminhada pela Água”, na Praça dos Jatobás-centro, e a largada será às 8h. A corrida terá 5 km. Após atividades, seguem para Brasília integram as demais entidades que compõem o FAMA.

A segunda caravana sairá da bacia do rio Doce. No sábado (17/03), um ato em Governador Valadares reunirá os atingidos pela barragem da Samarco, Vale e BHP, dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Em Mariana, estará acontecendo o “Seminário Água e Soberania Popular”, com a participação da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e atingido de Mariana. O seminário será no Salão Paroquial da Igreja Sagrado Coração de Jesus, às 15h, no bairro Colina, em Mariana.

Já no domingo (18/03), as caravanas que sairá de Governador Valadares e Mariana se encontram em Belo Horizonte, para o “Ato em Defesa das nossas Águas” que se concentrar na Praça da Liberdade, às 8h e sair em cortejo para a Feira Hippie, onde as caravanas vão panfletar e dialogar com a sociedade sobre a importância de preservamos nossas águas.

Os atingidos e atingidas por barragens, em Minas Gerais, organizados no MAB, vão para o FAMA denunciar a falta de acesso a água de várias comunidades sofrem e o descaso de grandes empresas internacionais como as mineradoras Vale, Samarco e BHP Billiton, que contaminaram o rio Doce, afluente que abastece mais de um milhão de pessoas. Além de denunciar as grandes empresas de monocultura de eucalipto, que utilizam toda a água de uma região, deixando toda a população no entorno dias sem o recurso hídrico.