ESMPU promove evento sobre mulheres e direito à água

Mesa redonda com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, vai abordar violações de direitos no contexto de construção de barragens A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) promove […]

Mesa redonda com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, vai abordar violações de direitos no contexto de construção de barragens

A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) promove atividades abertas ao público durante o mês de março. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), e o Dia Internacional da Água (22 de março)., serão realizadas a mesa-redonda “Mulheres e o Direito à Água – violações de direitos no contexto de construção de barragens” e a exposição “Arpilleras: bordando a resistência”. Os eventos são gratuitos. Para participar da mesa-redonda, deve ser efetivada inscrição, sujeita à limitação do auditório.

As ações são resultado de parceria entre a ESMPU e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A mesa-redonda e a exposição acontecem no momento em que Brasília recebe o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), organizado pela sociedade civil, e 8º Fórum Mundial da Água. Os eventos buscam debater e compartilhar com o público a realidade das violações de direitos no contexto da construção de barragens (hídricas e de rejeitos de mineração). 

As atividades buscam debater a expulsão de habitantes de regiões afetadas por construção de barragens, as violações de direitos humanos (como o acesso à água, à terra, à moradia adequada, à saúde), e a forma como mulheres são particularmente atingidas. O evento mostra que a pauta das mulheres ampliou-se atualmente, levando a novas discussões que ultrapassam as questões políticas e trabalhistas.

Mesa-redonda – No dia 5 de março, às 18h, a ESMPU recebe mulheres representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens para um debate sobre direitos femininos e acesso à água. Tchenna Fernandes Maso e Andreia Neiva, integrantes do MAB, dividem a mesa com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge; a subprocuradora-geral da República Ela Wiecko; a subprocuradora-Geral do Trabalho Sandra Lia Simón, a Promotora de Justiça do Distrito Federal e Territórios Luisa de Marillac Xavier dos Passos e a promotora de Justiça Militar Najla Nassif Palma. Os interessados em participar devem realizar inscrição até 5 de março, às 12h, pelo menu “Inscrição e Resultados”, disponível noportal da ESMPU. São 150 vagas (limite da capacidade do auditório). O debate acontece no auditório Pedro Jorge I.

Exposição – A Escola também traz a exposição do MAB, “Arpilleras: bordando a resistência”. Peças de bordado costuradas por mulheres atingidas por barragens estarão expostas, no hall do 1º subsolo da ESMPU, até 23 de março. Popularizada durante o período da ditadura militar chilena (1973 – 1990), a técnica de costura aplica retalhos sobre juta. As “arpilleras”, no Chile, costuravam a história de resistência ao regime político. Introduzida no Brasil, por meio de oficinas de mulheres pelo MAB, o resultado do trabalho é a expressão de relatos de histórias de vida contados e costurados com agulhas e panos.

As atividades organizadas pela ESMPU inauguram o projeto  “30 anos da Constituição Cidadã e 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos”, que trarão em 2018 atividades culturais e pedagógicas de extensão (abertas ao público). 

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