Em Colatina (ES), atingidos fazem ato para lembrar crime no Rio Doce

Atingidos pela lama de rejeitos da Samarco do município de Colatina no Espirito Santo, realizaram na manhã de hoje (04) o 3º Manifesto em favor do Rio Doce. Com início […]

Atingidos pela lama de rejeitos da Samarco do município de Colatina no Espirito Santo, realizaram na manhã de hoje (04) o 3º Manifesto em favor do Rio Doce. Com início das atividades de dois anos do crime em Mariana, os manifestantes marcharam pelas ruas da cidade com cruzes, cartazes e faixas denunciando a impunidade das empresas Samarco, Vale e BHP Billiton.

O ato foi organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) juntamente a Diocese de Colatina, Associação dos Pastores Evangélicos, associação de moradores e sindicatos. Entre as reivindicações estão o reconhecimento de Colatina como município atingido pela lama, o cadastramento de pescadores, a reparação imediata dos atingidos e a cobrança por punições dos envolvidos na tragédia.

Após dois anos de sofrimento da população, as empresas responsáveis pelo maior crime socioambiental da mineração global- Samarco, Vale e BHP Billiton, ainda estão impunes. “Já estamos há dois anos com a lama no nosso rio e estamos sem perspectiva, pois a Samarco, por meio da Fundação Renova, está negando os direitos dos atingidos que estão sobrevivendo com ajuda de familiares”, comenta Regiane Lourdes, militante do MAB.

Cerca de um milhão de pessoas foram atingidas pela avalanche de lama e ficaram sem água, perderam seu lazer, além de ficar sem trabalho. Centenas de pescadores, principalmente no Espírito Santo, estão passando por dificuldades financeiras.

 

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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