Privatização do setor elétrico visa lucro de empresas internacionais, dizem ativistas
Na última semana, o Ministério de Minas e Energia lançou um documento que sugere a privatização de parte do sistema elétrico brasileiro, incluindo as Usinas Hidrelétricas da Eletrobras como Furnas, […]
Publicado 02/08/2017
Na última semana, o Ministério de Minas e Energia lançou um documento que sugere a privatização de parte do sistema elétrico brasileiro, incluindo as Usinas Hidrelétricas da Eletrobras como Furnas, Eletronorte, Eletrosul e Chesf.
As usinas tiveram suas licenças renovadas por 30 anos em 2012, quando a ex-presidenta Dilma Rousseff lançou um plano para reduzir os custos de energia aos consumidores finais, que chegou a 20% do valor pago.
Segundo Gilberto Cervinski, um dos coordenadores do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), a medida é uma entrega de todas as usinas hidrelétricas para empresas internacionais, principalmente aquelas ligadas ao capital financeiro.
“São grandes banqueiros internacionais, que querem elevar a sua lucratividade. Para a população, isso significa uma consequência, que é o aumento de tarifa. As usinas que eles estão propondo entregar, são as que entregam energia para o povo, a mais barata do país, talvez do mundo”, ressalta Cervinski.
O projeto vai ser discutido em consulta pública até 4 de agosto. Depois disso, a proposta deve se tornar uma Medida Provisória, que será analisada pelo Congresso Nacional.
Para Jeferson Silva, coordenador geral do Sindieletro (Sindicato dos Eletricitários) de Minas Gerais, os trabalhadores do setor elétrico não participarão das consultas:
“Estamos reafirmando o nosso compromisso de não participar das consultas públicas, porque a participação seria um posicionamento de estar negociando a reforma e, assim como na reforma trabalhista, na reforma da Previdência, na proposta da terceirização, nós não vamos negociar nenhuma medida. A reforma do setor elétrico é mais um fragmento do golpe”, afirma Silva.
Se aprovada a privatização do setor, a energia produzida pela Eletrobras, que era prioritariamente negociada, a preço tabelado, para distribuidoras de energia, será vendida pela empresa concessionária a quem ela quiser e pelo preço de mercad
Matéria publicada no Brasil de Fato