Leilão das usinas da Cemig é suspenso após pressão popular
Foi anunciada nesta sexta-feira (28), pelo Ministério de Minas e Energia, a suspensão temporária do edital do leilão das usinas hidroelétricas da Cemig, em Minas Gerais. O leilão estava previsto […]
Publicado 28/07/2017
Foi anunciada nesta sexta-feira (28), pelo Ministério de Minas e Energia, a suspensão temporária do edital do leilão das usinas hidroelétricas da Cemig, em Minas Gerais. O leilão estava previsto para o final de setembro deste ano e a venda das usinas causaria a perda de 50% da geração de energia produzida pela estatal.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) avalia positivamente a decisão, pois após o anúncio do leilão das usinas, movimentos sociais, sindicais e parlamentares pautaram como medida emergente na Plataforma Operária e Camponesa para Energia (POCE), a defesa das usinas como patrimônio da população mineira, realizando uma forte pressão sobre o governo federal.
Para o MAB privatizar essas hidroelétricas seria mais um golpe no setor elétrico realizado pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Caso essas usinas sejam vendidas, o valor de 11 bilhões passados a União será utilizado para pagamento de amortização dos juros da dívida ao capital financeiro. Além disso, os contratos de energia podem garantir até R$73,5 bilhões para as empresas que serão pagos pelo povo nas contas de luz. Além de ser um prejuízo para soberania de Minas Gerais a privatização da Cemig.
A proposta da Plataforma Operária e Camponesa para Energia (POCE) é para que as hidrelétricas continuem sobre controle da Cemig e que o valor cobrado na tarifa de energia elétrica, seja criado um Fundo Social destinado para saúde, educação, atingidos, agricultura familiar camponesa, entre outras demandas sociais do povo mineiro. O fundo seria gerenciado pelo Estado de Minas Gerais e controlado pelo povo, ou seja, provavelmente teríamos um Fundo Social de 2 Bilhões de reais por ano, afirma a Plataforma.