Nota de solidariedade aos camponeses assassinados no Pará

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem por meio desta nota denunciar os crimes cometidos pelas Polícias Civil e Militar do Estado do Pará contra a vida dos 9 […]

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) vem por meio desta nota denunciar os crimes cometidos pelas Polícias Civil e Militar do Estado do Pará contra a vida dos 9 companheiros e de uma companheira, ligados ao movimento Liga dos Camponeses Pobres (LCP), que foram brutalmente assassinados no último dia 24 de maio no município de Pau D´arco, sul do Pará.  O assassinato dos camponeses está ligado diretamente à luta pela terra e pela reforma agrária e no enfretamento do latifúndio e do agronegócio. O massacre é mais uma ofensiva de um Estado de exceção do atual governo Temer/Jatene (PSDB-PMDB).

Com o golpe institucional deste governo golpista de Michel Temer, que não só está tirando todos os direitos dos trabalhadores, mais também dirige um ataque direto contra as políticas sociais que foram conquistadas com muitas lutas no campo. Com o Estado de exceção aumentou todo um cerco de violência contra aqueles e aquelas que estão no fronte de luta, tanto no campo e na cidade, com fortes repressões, processos, criminalização, violência e um grande número de assassinatos. Uma brutal ofensiva contra os trabalhadores e trabalhadores do campo e da cidade.

A total responsabilidade deste massacre é do Governo Federal de Michel Temer (PMDB), do governo do Estado do Pará de Simão Jatene (PSDB) e das forças opressoras do Estado do Pará que tem um histórico de massacre dos lutadores e lutadoras com atuação no estado e de modo especial, na região sul e sudeste paraense. Lembramos da memoria dos 87 garimpeiros desaparecidos na greve da ponte ferroviária do rio Tocantins em dezembro de 1987 e do massacre da curva do “S” em Eldorado dos Carajás em abril de 1996 que assassinou 19 trabalhadores. Todos os crimes violentos desta região envolvendo a luta pela terra tem a participação das polícias civil e militar, seja na execução ou na omissão.

Por último, exigimos e cobramos das autoridades o maior rigor possível na apuração e responsabilização de todos os envolvidos neste crime. Toda solidariedade aos familiares das vítimas que tombaram na luta. Lutar é sinônimo de resistência.

 

Investigação e punição a todos os culpados,

Contra o Estado de exceção e a repressão policial,

Contra a violência no campo e o latifúndio,

Fora Temer e Jatene golpistas!

 

Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)

Marabá, 29 de maio de 2017

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