Em Curitiba (PR), jornada reúne milhares de pessoas em defesa da democracia
Desde ontem (9), movimento populares estão em vigília para aguardar o depoimento do ex-presidente Lula na operação Lava Jato Fotos: Joka Madruga São milhares de pessoas vindas de diversas regiões […]
Publicado 10/05/2017
Desde ontem (9), movimento populares estão em vigília para aguardar o depoimento do ex-presidente Lula na operação Lava Jato
Fotos: Joka Madruga
São milhares de pessoas vindas de diversas regiões do país para defender a democracia, lutar contra as arbitrariedades do judiciário e demonstrar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siva. Nesta quarta-feira (10), Lula presta depoimento ao juiz Sérgio Moro, após ter sido acusado pela Operação Lava Jato de receber propina para beneficiar a empreiteira OAS em contratos da Petrobrás.
De acordo com o Ministério Público Federal, o ex-presidente recebeu da OAS um montante total de R$ 3,7 milhões em propina, que inclue o tripex no Guarujá, para favorecer a construtora em contratos nas refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná.
A defesa de Lula, além dos movimentos populares, nega as acusações e acusa o judiciário de perseguição política no processo. Os advogados ainda requisitaram adiamento do julgamento, negado pelo Superior Tribunal de Justiça, por falta de tempo hábil para analisar os documentos apresentados. Juntados ao processo entre os dias 28 de abril e 2 de maio, os documentados totalizam cerca de 100 mil páginas.
De acordo com o integrante da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Robson Formica, a jornada está sendo realizada por uma defesa ampla da democracia. Para além de demonstrar apoio ao presidente Lula, acreditamos que esse é um momento decisivo do nosso país. Esse julgamento representa a tentativa de instauração de um judiciário de exceção, que se assemelha muito com o período da ditadura militar, afirma.
Os trabalhadores atingidos por barragens vieram de diversas regiões do país para se somarem nessa jornada. Nesta quarta-feira (10), milhares de pessoas saíram em marcha do acampamento montado nas imediações de Curitiba (PR) e se encaminharam para a Praça Santos Andrade, no centro da cidade, onde permanecerão até o final do dia para atividades políticas e culturais.
A jornada também denuncia as reformas trabalhista e previdenciária, propostas pelo governo golpista de Michel Temer, e a criminalização dos movimentos populares.