MAB realiza encontro de mulheres atingidas por barragens, na Zona da Mata Mineira
As mulheres puderam trocar experiências dos anseios e dificuldades que enfrentam no dia-a-dia e traçam plano de luta pelos direitos Aconteceu neste sábado (06), na cidade de Barra Longa, o […]
Publicado 09/05/2017
As mulheres puderam trocar experiências dos anseios e dificuldades que enfrentam no dia-a-dia e traçam plano de luta pelos direitos
Aconteceu neste sábado (06), na cidade de Barra Longa, o Encontro de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na Zona da Mata. A reunião foi um momento importante de animação e organização das mulheres atingidas pela PCH Fumaça, em Diogo de Vasconcelos, e as mulheres atingidas pela lama da Samarco das cidades de Mariana e Barra Longa. No espaço foram debatidas e levantadas pautas de luta na região.
Para as participantes, as mulheres são as mais atingidas nos processos de construção de barragens. Preocupações com saúde, educação, bem estar da família geralmente são das mulheres. Durante a reunião as mulheres puderam trocar experiências dos anseios e dificuldades que enfrentam no dia-a-dia.
Para Simone Silva, da cidade de Barra Longa a saúde é uma questão importante. Minha filha de quase 3 anos, está fazendo tratamento devido ao contato com a lama tóxica da Samarco e quem leva a criança para toda as consultas sou eu. Ou seja, cai sobre as mulheres o cuidado com a família. Além do que muitas pessoas ficam doentes e o atendimento oferecido pela empresa é muito precário, afirma Simone.
Foi unânime a opinião e o desejo das mulheres em continuar a luta pela conquista por saúde, educação, moradia, acesso a terra. Direitos historicamente negados. As mulheres organizadas no MAB se encontrarão periodicamente para dar sequência ao plano de luta pelos direitos das mulheres.
Não aceitaremos caladas nenhuma injustiça e nenhum retrocesso, disse animada, Otede Cassemiro, atingida pela lama da Samarco em Barra Longa (MG).
Mulheres, água e energia não são mercadorias!