Em reunião com o Governador do Ceará, MAB apresenta pauta de reivindicação dos atingidos
A audiência aconteceu no Palácio da Abolição, sendo resultado da Jornada Nacional de Lutas do MAB que aconteceu no mês de março em referência ao dia 14 – Dia Internacional […]
Publicado 29/03/2017
A audiência aconteceu no Palácio da Abolição, sendo resultado da Jornada Nacional de Lutas do MAB que aconteceu no mês de março em referência ao dia 14 – Dia Internacional de Luta contra as Barragens, pelos Rios, pela Água e pela Vida. As famílias atingidas do Ceará realizaram nos dias 13, 14 e 15 um conjunto de manifestações, principalmente na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém e em Fortaleza para denunciar as violações de direitos que acometem os atingidos no Estado.
Na reunião estavam representantes das secretarias de governo, tais como a Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Recursos Hídricos, Instituto de Desevolvimento Agrário do Ceará, Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos, Superintedência de Obras Hidraúlicas, entre outras representações.
Entre as principais reivindicações das famílias foi encaminhada a construção de uma Política Estadual de Direitos dos Atingidos por Barragens e Transposições de Águas. O apoio do Governo do Estado ao 8º Encontro Nacional do MAB de 01 a 05 de outubro no Rio de Janeiro, além da liberação de projetos de capacitação e geração de renda para mulheres e jovens, cestas de alimentos e obras de aporte hídrico para as comunidades, como adutoras, poços e cisternas.
O Movimento avalia como positiva os resultados da reunião. De acordo com a coordenadora estadual do MAB, Marina Calisto, a audiência é resultado da luta dos atingidos no Ceará, significando um importante momento de denúncia das violações e de cobrança direitos das populações atingidas.
“As mulheres atingidas, em especial, que tiveram participação massiva na jornada de lutas saem da audiência com bastante ânimo, após obterem a conquista de projetos para trabalho coletivo com as atingidas, que é o público mais violado em seus direitos no processo de construção de barragens. Queremos realizar um amplo processo de capacitação e formação, que fortaleça a participação das mulheres a partir da organização coletiva e que além disso possibilite a geração de renda para as famílias e autonomia financeira das mulheres, que é um elemento fundamental na reconstrução de suas vidas, após terem sido atingidas, aponta a coordenadora.