O retorno de Fidel
Y esto que la sombra se volviera luz, esto tiene un nombre, solo tiene un nombre: Fidel Castro Ruz! (Indio Naborí) por Moisés Borges*, de Havana Na noite de terça-feira […]
Publicado 01/12/2016
Y esto que la sombra se volviera luz, esto tiene un nombre, solo tiene un nombre: Fidel Castro Ruz!
(Indio Naborí)
por Moisés Borges*, de Havana
Na noite de terça-feira (29) o povo cubano, organizações populares de todo a mundo e diversos representantes de Estado responderam ao chamado do Comandante Fidel: marchar de Havana a Santiago de Cuba, resgatando a história de luta de seu país como um exemplo revolucionário para a conquista de liberdade de todos os povos.
Um momento marcado pelas lembranças de um amigo amável e um comandante convicto que nunca se furtou da luta pela justiça e igualdade, e que até o último suspiro se manteve firme a seus ideais de emancipação do povo cubano e da humanidade.
Havia cerca de dois milhões nas ruas de Havana que responderam ao seu chamado evocando e anunciando ao mundo YO SOY FIDEL!!!, essa revolução é nossa e não apenas de um homem. Fidel não está morto, vive em cada um de nós que luta e acredita em um mundo sem oprimidos e opressores.
Nesta quarta-feira (30), Fidel e os revolucionários de todo o mundo iniciaram a caravana que saiu da capital e segue até o outro extremo da ilha (03/12), revivendo a marcha triunfante que ousou, com seus próprios esforços, enfrentar a tirania do imperialismo norte-americano que transforma vida em mercadoria, que explora países como matéria-prima, um parasita que suga a última gota de sangue de mulheres e homens.
O retorno de Fidel a Santiago é reviver as ideias de José Martí, reviver a mística da Cidade Heróica que foi tomada pelo movimento 26 julho. É relembrar de nossos mártires Vilma, Haydeé, Célia, Frank País, Che, Camilo… Alí Raul e Fidel anunciaram que a revolução havia começado em Cuba e não ia mais parar, e não parou, segue com seus 57 anos mantendo seus princípios e valores com os povos do mundo.
Que essa caravana resgate em todas lutadoras e lutadores do mundo e em especial para o Brasil a rebeldia de sonhar com a revolução mesmo em conjunturas tão adversa. Alcançar o socialismo necessita ousadia, inteligência, unidade e internacionalismo, mas principalmente um pacto com o povo que veja na esquerda a mudança profunda que capitalista nenhum pode oferecer.
Seguimos juntos nessa caravana, que não se acaba em Santiago, pelo contrário, segue mundo afora, soma-se ao aniversário de 100 anos da Revolução Russa em 2017 e nos inspira a uma transformação radical do mundo, emancipando pessoas e povos com a forca das ideias e de nossas mãos.
*Integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)