Impeachment de Dilma Rousseff é golpe contra o Brasil

Por um placar de 55 a 22, processo de impeachment de Dilma Rousseff é aprovado no Senado; A presidenta eleita por 54 milhões de votos será afastada por até 180 dias e Michel Temer é novo presidente interino.

Hoje (12), pela manhã o Senado Federal aprovou por um placar de 55 a 22 a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef. 

Os 54 milhões de votos registrados na última eleição que reelegeram Dilma para governar o país até 2018 não são respeitados e Dilma deixará o cargo de presidente da República por até 180 dias. Neste período, a presidenta eleita aguarda julgamento em nova votação a ser realizada no Senado.

Quem assume a presidência do país é o vice, Michel Temer do PMDB.

Simultaneamente aos votos dos 55 golpistas que corroboraram o golpe, hoje pela manhã, milhares de pessoas foram ao Palácio do Planalto, em Brasília, para acompanhar o discurso de Dilma Rousseff, e mostrarem sua contrariedade em relação ao impeachment. Outras milhares de pessoas também ocuparam o país com protestos organizados pela Frente Brasil Popular.

O Movimento dos Atingidos por Barragens se somou na luta com aproximadamente 300 atingidos e atingidas dos estados de Goiás e Bahia, que se integraram nas mobilizações da capital federal.

O dia 12 de maio de 2016 entra para a história como a data em que foi dado um Golpe contra a jovem democracia brasileira. A partir de hoje, a bandeira do Brasil democrático é recolhida. O impeachment servirá como um fermento da lutas sociais. Uma forte ventania vinda das ruas, com mais de 54 milhões de vozes farão flamular a bandeira do golpismo e retrocesso hasteada no Palácio do Planalto pelo presidente corrupto e interino, Michel Temer.

No ringue da política brasileira o recado dos movimentos populares progressistas é claro: a única luta que se perde é aquela que se abandona.