Stédile: “A luta de classes no Brasil só recomeçou”
Na tarde desta sexta-feira, 15, dirigentes dos movimentos sociais falaram sobre A luta de classes no Brasil e o desafio da unidade, durante plenária do Acampamento Nacional pela Democracia e […]
Publicado 16/04/2016
Na tarde desta sexta-feira, 15, dirigentes dos movimentos sociais falaram sobre A luta de classes no Brasil e o desafio da unidade, durante plenária do Acampamento Nacional pela Democracia e Contra o Golpe, em Brasília.
João Pedro Stédile, membro da coordenação nacional do MST, comparou o atual momento da luta de classes no Brasil a um jogo de futebol. Do lado da direita, estão jogadores como o poder econômico, parlamentares, poder judiciário e a mídia. A Rede Globo é a pior, porque é ela que coordena, ideologicamente, é a treinadora do time deles. No time da esquerda, estão o Governo Dilma que fez tanto gol contra que parte dos problemas que enfrentamos agora foi implantado por eles, a sociedade organizada,ou seja, a militância, que está combatendo o golpe e a classe trabalhadora, que ainda não foi às ruas. Bem vindos à luta de classes, porque ela só recomeçou.
Foto: Mídia Ninja
Iury Paulino, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), destacou a necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento para outro que esteja a serviço do povo. Estamos em defesa da democracia, da liberdade, em defesa do mandato de Dilma porque ela foi eleita, mas temos que dizer q esse programa de desenvolvimento tem que mudar porque só enriquece uma minoria, afirmou.
Zé Maria, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), falou dos ataques que a Petrobras vem sofrendo. A grande mídia tem dito repetidas vezes que o governo do PT quebrou a Petrobras. O governo do PT é que deu nova vida à Petrobras porque ela, no governo dos tucanos, estava pronta pra ser privatizada, disse.
Além disso, falaram na atividade Dom Enemésio Lasares, presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Antônio Canuto, também da CPT. Eles apresentaram relatório da CPT que mostra quem os assassinatos no campo explodiram em 2015. Foram 50 assassinatos, número mais elevado desde 2004. E destacaram que com o impeachment o número de conflitos no campo pode aumentar ainda mais.