Contra o golpe e por direitos, atingidos voltam a ocupar linha férrea da VALE
Na tarde desta terça-feira (12/04), em Aimorés (MG), os atingidos retomam a jornada de lutas pelos direitos, que ocorreu em março deste ano. Eles voltam a manifestar contra o modelo exploratório das […]
Publicado 12/04/2016
Na tarde desta terça-feira (12/04), em Aimorés (MG), os atingidos retomam a jornada de lutas pelos direitos, que ocorreu em março deste ano. Eles voltam a manifestar contra o modelo exploratório das hidrelétricas e mineração. Na ocasião, os moradores das cidades que dependem do Rio Doce para o abastecimento de água – consumo e produção – reivindicaram a Política Nacional de Direitos dos Atingidos, denunciaram os altos preços da conta de luz em que os trabalhadores brasileiros pagam por uma das energias mais caras do mundo. Além de deixar claro que a tragédia em Mariana foi o maior crime ambiental e social do país.
A pauta dos atingidos cobra do governo e das empresas responsáveis, pelo crime ocorrido em novembro de 2015 – Samarco (Vale/BHP)-, para reverem o acordo firmado por ambas as partes, como medida para agilizar o processo de recuperação das áreas atingidas.
No acordo, o Movimento dos Atingidos por Barragens identificou 23 pontos que violam os direitos dos atingidos, por exemplo, a exclusão da participação das famílias nas decisões sobre suas vidas. Além de acreditar que a formulação do acordo, sem a presença dos protagonistas, os atingidos, seria para a mineradora dar continuidade imediata a extração de minério.
Por fim, os atingidos denunciam o financiamento privado de campanha que deixa o sistema político comprometido às grandes empresas e não as pautas do povo. Nesta conjuntura, em que as riquezas naturais água, minério e energia estão em jogo, é possível perceber como o poder da Vale, que financiou diversas campanhas, influencia o congresso e agrava a crise política.