14 de março é marcado por mobilizações em diversos países
A data que marca o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens teve um grande número de mobilizações em diversas regiões do mundo. Além do Brasil, diferentes movimentos se mobilizaram […]
Publicado 15/03/2016
A data que marca o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens teve um grande número de mobilizações em diversas regiões do mundo.
Além do Brasil, diferentes movimentos se mobilizaram neste, que é um dia histórico de luta para os atingidos e atingidas, que sofrem com a construção de megaprojetos de barragens a nível global.
O dia de ação internacional na luta contra as barragens foi marcado pela homenagem a lutadora popular de Honduras, Bertha Cáceres, coordenadora do Consejo de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras COPINH, que foi recentemente assassinada.
Também foi lembrado, o companheiro Gustavo Castro, coordenador do MAPDER e Otros Mundos A.C., que foi ferido durante o ataque contra Bertha e está mantido arbitrariamente em Honduras e impedido de sair do país.
México
O Movimento Mexicano de Afectados por Presas MAPDER, realizou uma roda de imprensa no Congresso da cidade de Jalisco, para colocar o posicionamento do movimento sobre uso e aproveitamento da água do Rio Verde na região e propor uma politica de gestão integral com participação popular. O MAPDER e outras organizações locais de Chiapas também organizaram uma mobilização na capital do estado Tuxtla Gutiérrez, contra os projetos de construção de hidrelétricas no estado. Eles também reinvindicaram a libertação Gustavo Castro.
Colômbia
Na Colômbia, desde sábado o Movimento Colombiano Rios Vivos está em mobilização nacional em oito estados do país. Iniciaram a jornada no dia 8 de março, dia Internacional de Luta da Mulher, na capital do país, Bogotá. No sábado dia 12, o movimento abriu o show do músico Manu Chao no estado de Santander na véspera do 14 de março. O cantor, que também participou das ações do Dia Internacional de Luta contra as Barragens no estado colombiano, emitiu a seguinte mensagem:
Gracias rio Juarez por refrescarnos los kilometros . Viva Santander !!! Viva Boyaca !!! Viva Colombia !!! Protejamos sus rios y sus montes ! No a la megamineria !!! Agua y energía no son mercancía!!! Rios para la vida!!
Milhares de camponeses e camponesas, estudantes, artistas, sindicalistas de vários municípios do sul de Huila na Colombia também marcharam contra a construção de novos projetos de hidrelétricas no território e contra imposição do plano para construção de um complexo hidrelétrico no rio Magdalena, contra a extração de fracking na região. Ao final do dia, as autoridades do governo federal e estadual se comprometeram a não instalar novos projetos hidrelétricos durante o mandato destes na região.
Honduras
Na noite de sábado, continuou em La Esperanza, Intibucá, as mobilizações por ?#?JusticiaParaBerta? e contra o projeto hidroeletrico Agua Zarca em Honduras. Estão marcadas varias mobilizações pelo país nesta semana do 14 de março, entre quais nos dias 16 a 17 de março organizadas pelo Conselho Civico de Lutas Populares e Indígenas, o COPINH, movimento nacional dos quilombolas (garifunas) OFRANEH, e a Plataforma de Movimento Social e Popular PMSPH.
Chile
Na Patagônia, o Movimento Patagonia Sin Represas realizaram um ato político-cultural no marco do 14 de março Dia Internacional de Luta contra as Barragens no Porto de Aysen, com grupos de hip-hop locais, entre outros músicos e falas de coordenadores locais reafirmando a luta contra projeto hidrelétrico na Patagônia.
Ásia
Paquistaneses estão reunidos desde o começo da semana no Fórum de Pescadores em Luta Contra as Barragens. Na Mongólia, na sexta-feira passada a Mongolian Water Partnership realizou a ação em defesa dos ríos em Ulaanbatar.
Índia
No vale Alaknanda a população atingida por barragens enviaram a mensagem:
“Saúde do Rio é vital para a sobrevivência das pessoas, para as comunidades em todo o mundo no 14 de março. O Banco Mundial falhou miseravelmente em cumprir a esperança de pessoas no Vale de Ganga. Os atingidos de 20 comunidades se uniram se opondo ao Banco Mundial que finacia grandes projetos de barragens, que se diz estar promovendo a geração de energia limpa.
Os indianos também lutam contra a criminalização e as falsas acusações contra a organização popular de resistência.
Nilce de Souza Magalhães, a Nicinha, pescadora e militante do MAB, que está desaparecida desde o fim do ano passado, também foi lembrada e homenageada em diversas regiões.
Globalizemos a Luta, Globalizemos a Esperança!