Atingidos liberam pedágio e ocupam BR-116 em Cajati- SP
Atingidos paranaenses e da região do Vale do Ribeira em São Paulo se uniram hoje (14) pela manhã nas mobilizações que marcam o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens. […]
Publicado 14/03/2016
Atingidos paranaenses e da região do Vale do Ribeira em São Paulo se uniram hoje (14) pela manhã nas mobilizações que marcam o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens.
Cerca de 800 pessoas ligadas ao MAB, MOAB, MAM, MST, acabam de ocupar um pedágio na região do município de Cajati, na Rodovia Régis Bittencourt, BR-116, que liga a região sudeste ao sul do país. Os manifestantes trancaram a rodovia e, aos poucos estão liberando a passagem dos carros. As cancelas do pedágio foram liberadas.
O objetivo da ação é dialogar com a sociedade e protestar contra a construção de barragens no Rio Ribeira de Iguape, alertar a população sobre os perigos da mineração no Vale do Ribeira e denunciar a lentidão nos processos de regularização fundiária no Vale do Ribeira.
Em Cajati temos a Vale Fertilizantes e não queremos que aconteça aqui o mesmo que aconteceu em Mariana e na bacia do Rio Doce, indica Ubiratã da coordenação do MAB no Vale do Ribeira, lembrando que a empresa do Vale realiza extração mineral na mesma forma que em território mineiro.
A ameaça da construção das barragens na região do Vale do Ribeira também é uma denúncia da mobilização.
Estamos dizendo não à construção de barragens no Rio Ribeira de Iguape, principalmente a de Tijuco Alto e Itaoca, que está em processo de licenciamento ambiental, completou Bira.
Outro tema abordado na manifestação é a defesa da democracia em nosso país. Militantes em suas palavras de ordem afirmam que não terá golpe e sim muita luta.
Nesta data, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam o modelo energético brasileiro que, historicamente, tem causado graves consequências sociais, econômicas, culturais e ambientais. Segundo o relatório da Comissão Mundial de Barragens (órgão ligado à ONU), no mundo, cerca de 80 milhões de pessoas foram atingidas direta ou indiretamente pela construção de usinas hidrelétricas.