Um minuto de silêncio por Mariana em Paris

No dia 06 de dezembro, começaram as atividades do MAB na COP 21. Enquanto os Estados estavam organizados no espaço oficial, se reuniam paralela diversas organizações do mundo todo para avançar em propostas de enfrentamento as mudanças climáticas.

Na mesa “Soberanía Popular X Arquitetura da Impunidade” proposta pela campanha internacional pelo Desmantelamento do Poder Coporativo (http://www.stopcorporateimpunity.org/), os olhos internacionais estavam atentos ao que se passou em 5 de novembro em Mariana no Brasil. Não é a toa, esse é um dos maiores acidentes socioambientais dos últimos tempos, talvez o maior a nível de mundo depois de Fukushima, com mais de 1 milhão de pessoas afetadas pela ganancia das empresas transnacionais. Diante disso, todos e todas presentes fizeram um minuto de silêncio pelos atingidos e atingidas.

Na sequencia diversas falas sobre conflitos decorrentes da presença de transnacionais na Colombia, com a construção de barragens, em Moçambique com as violações aos direitos trabalhistas das mulheres, na Indonésia com os intentos do fracking. Afirmando que os debates sobre mudanças climáticas são também a necessidade de pensarmos um outro modelo de sociedade, a urgência da construção de um projeto alternativo ao capitalismo.

Com um caráter propositivo diversos movimentos também apresentaram suas experiências de resistência e superação das violações, como o caso do MAB que apresentou a proposta de Soberania Energética da Plataforma Operária e Campones. A forte presença das mulheres nesse espaço também foi marcada pela afirmação da economia solidária feminista.

Dando o tom para a continuidade da semana de lutas, todos e todas encerram o espaço, em mais quatro idiomas afirmando: MULHERES, AGUA e ENERGIA não são mercadorias.