Atingidos por UHE Itaocara se organizam e cobram direitos

Preocupados com a velocidade das ações da empresa, os atingidos pela Usina Hidrelétrica de Itaocara, prevista para ser construída no Rio Paraíba do Sul, no norte do Estado do Rio […]

Preocupados com a velocidade das ações da empresa, os atingidos pela Usina Hidrelétrica de Itaocara, prevista para ser construída no Rio Paraíba do Sul, no norte do Estado do Rio de Janeiro, estão se organizando no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) para lutar pelos seus direitos.

O consórcio vencedor do leilão em 30 de abril deste ano é formado pela Light e pela Cemig e com as licenças previa e de instalação já emitidas pelo Ibama, preveem a instalação do canteiro e início das obras para janeiro do próximo ano. No entanto, até agora os estudos de impacto social e ambiental não preveem nada sobre a indenização das famílias atingidas dos cinco municípios envolvidos, os fluminenses Aperibé, Cantagalo, Itaocara e Santo Antônio do Padua e o município mineiro de Pirapetinga.

Frente às ações que o consórcio está fazendo na região, sem mencionar o direito das famílias, elas estão se organizando no MAB. Estão sendo realizadas reuniões nas comunidades atingidas e ações de resistência estão sendo planejadas pelos moradores. Além disso, estão sendo realizadas reuniões nas Câmaras de Vereadores, à exemplo da que aconteceu na Câmara de Vereadores de Cantagalo no último dia 22 de junho. Durante a reunião, os vereadores do município decidiram solicitar uma audiência pública na comunidade de São Sebastião da Paraíba para ampliar o debate e para que a empresa apresente a política de direitos para a população atingida.

Dados da barragem:

  • Área total do lago: 41,49km²
  • Previsão de Investimento: R$ 1 bilhão
  • Prazo para conclusão: 2020
  • Concessão: 30 anos (a partir de 2020)
  • Renda em 30 anos: R$ 4 bilhões
  • Conclusão prevista pela empresa: 2018
  • Renda em 32 anos: R$ 4,6 bilhões
  • Lucro de 463%

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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