MAB conquista regularização fundiária de área ameaçada pela barragem de Marabá
A conquista da antiga Vila Espírito Santo é um passo importante na resistência dos atingidos diante da Usina Hidrelétrica de Marabá Na noite dessa segunda-feira (25), a antiga Vila do […]
Publicado 27/05/2015
A conquista da antiga Vila Espírito Santo é um passo importante na resistência dos atingidos diante da Usina Hidrelétrica de Marabá
Na noite dessa segunda-feira (25), a antiga Vila do Espírito Santo conquistou uma vitória inédita. Em ato político realizado no município de Marabá (PA), a comunidade recebeu o documento oficial da regularização fundiária de suas terras.
Localizada no sudeste do estado do Pará, a comunidade com mais de cinquenta anos de ocupação está ameaçada pela construção da Usina Hidrelétrica de Marabá, prevista para ser construída no leito do rio Tocantins.
Estiveram presentes o deputado Federal Beto Salame, o Superintendente de Desenvolvimento Urbano de Marabá, Gilson Dias Cardoso, o Chefe Adjunto do programa Terra Legal, Maurício Carvalho de Araújo, e o prefeito de Marabá, João Salame Neto. Todos ressaltaram a importância da conquista e reforçaram o papel do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) como principal articulador da luta dos atingidos por barragens.
Resistência
Desde 2013, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) pautou a necessidade da regularização fundiária como forma de resistência e garantia de direitos frente ao projeto hidrelétrico.
No dia 14 de maio, após dois anos de pressão, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, entregou ao prefeito de Marabá, João Salame Neto, o documento que regulariza a situação das famílias que vivem nesta área.
Para a integrante da coordenação do MAB na região, Mirian Rodrigues de Andrade, a conquista do documento definitivo da necessidade de organização. Esse documento vai servir para fortalecer a comunidade, com a melhoria das casas, mais políticas públicas, crédito para a produção e assim por diante. É uma alegria muito grande a todos os moradores e a nossa luta não acaba aqui, pois tem muitas coisas que precisam ser feitas na comunidade, ressaltou.