MAB e Levante promovem debate com estudantes sobre modelo energético em MT
MAB e Levante Popular da Juventude realizaram debate com estudantes do ensino médio de Sinop sobre a matriz energética brasileira e os impactos causados pela Hidrelétrica de Sinop. O Movimento […]
Publicado 12/04/2015
MAB e Levante Popular da Juventude realizaram debate com estudantes do ensino médio de Sinop sobre a matriz energética brasileira e os impactos causados pela Hidrelétrica de Sinop.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), juntamente com o Levante Popular da Juventude e o Fórum Teles Pires, realizou um debate com estudantes e professores da Escola Estadual Ênio Pipino sobre a matriz energética brasileira e os impactos da Usina Hidrelétrica (UHE) Sinop. O evento aconteceu na última quarta-feira, 10 de abril, no anfiteatro da Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), no Campus de Sinop.
A oportunidade do evento surgiu a partir do projeto que o MAB construiu junto à escola Ênio Pipino, em parceria com estudantes de engenharia elétrica da UNEMAT, para construção de um protótipo de uma hidroelétrica. O objetivo é fomentar, com a experiência, os impactos sociais da UHE Sinop, principalmente no meio urbano.
O evento possibilitou uma maior aproximação do MAB com estudantes do ensino médio de Sinop. Muitos se mostraram indignados com a forma como as empresas do setor elétrico tratam as pessoas atingidas no Brasil, principalmente após a exibição do documentário Tucuruí : A saga de um povo. “Pelo que vimos, não achamos certo o que fizeram e continuam a fazer com as famílias e crianças, mesmo que haja um benefício não quero isso em SINOP, afirmou uma das estudantes presentes.
Professores afirmaram que é necessário dar continuidade a esse debate dentro das salas de aula e expandir aos moradores de Sinop, que são duplamente atingidos pelo preço da tarifa e pela construção da usina no município.
Para Aleth, militante do Levante Popular da Juventude, o espaço foi extremamente importante para a juventude de Sinop problematizar os impactos do processo de construção de barragem que vem acontecendo na cidade e fomentar a sua auto-organização.
Também foi apresentado como está organizado o setor elétrico nacional, quem são os verdadeiros beneficiados com a geração e com o lucro proveniente da energia elétrica no Brasil. “Essa lógica de construir barragens não atende aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, principalmente os diretamente atingidos, afirmou a coordenadora do MAB, Tatiane.