Tapajós: Atingidos por barragem ocupam sede da Celpa
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e organizações parceiras ocuparam hoje (1º de dezembro) a sede da distribuidora de energia Celpa-Equatorial em Itaituba, região do Tapajós (oeste do […]
Publicado 01/12/2014
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e organizações parceiras ocuparam hoje (1º de dezembro) a sede da distribuidora de energia Celpa-Equatorial em Itaituba, região do Tapajós (oeste do Pará).
A ocupação se deu por conta dos altos preços cobrados nas contas de luz e multas que vem sendo aplicadas de forma irresponsável pela empresa. Apesar das inúmeras reclamações sobre a qualidade do serviço, em agosto a distribuidora obteve autorização da Aneel para aumentar o preço da tarifa em 34,34%, reajuste menor apenas que o praticado pelas distribuidoras CERR (Roraima) e Elektro (São Paulo). A medida motivou protestos em diversas regiões do Pará, como Belém, Altamira, Marabá e Itaituba.
Segundo os manifestantes, a Celpa comete uma série de irregularidades, como péssimo atendimento, oscilação de energia causando queima de aparelhos domésticos, multas aplicadas nas residências por conta das próprias irresponsabilidades desta empresa e as altas cobranças, inclusive maiores que o reajuste oficial: As famílias consumidoras estão recebendo contas de R$ 300, R$ 500 e até R$ 2000, isso fora as multas que vem sendo aplicadas nas contas de energia, que chegam a valores abusivos de até mesmo R$ 8.000 mil, afirma Frede Rênero, militante do MAB na região.
Além disso, a empresa é de difícil diálogo, pois em seu prédio de atendimento a única alternativa de negociação entre Celpa e consumidor é o parcelamento das taxas e multas aplicadas nas contas de luz dos consumidores.
Após desocuparem a sede da distribuidora e seguirem para o Ministério Público, os manifestantes foram procurados por um dos representantes da empresa, que propôs uma reunião para discutir o problema.
A mobilização contou com a participação de representantes do sindicato dos professores, sindicato dos trabalhadores rurais, além de moradores da vicinal da 15 – PA Ipiranga, ocupação urbana bairro Nova Miritituba, bairro Bom Remédio, Vitória Regia e populares que foram aparecendo no decorrer do ato.