MAB faz vigília em frente ao Palácio do Planalto reivindicando respostas concretas à pauta
A partir das 9 horas de hoje (27/5), atingidos por barragens fazem uma vigília em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para cobrar do ministro da Secretaria Geral da […]
Publicado 27/05/2014
A partir das 9 horas de hoje (27/5), atingidos por barragens fazem uma vigília em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para cobrar do ministro da Secretaria Geral da Presidência da Republica, Gilberto Carvalho, e da presidenta Dilma repostas à pauta de reivindicações do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A Secretaria Geral é o órgão do Governo Federal responsável pela pauta do Movimento.
Ainda em março de 2012, durante um processo de mobilizações dos atingidos, o ministro Gilberto Carvalho assinou um acordo com o MAB, assumindo vários compromissos para o andamento da pauta dos atingidos, na busca de medidas concretas para resolver o passivo que o Estado brasileiro tem com as populações atingidas, mas também para criar ações a fim de que novos passivos não viessem a acontecer. Para isso, seria assinado pela presidenta o decreto da Política Nacional de Direitos dos Atingidos por Barragens (PNAB).
Muitas reuniões, acordos e prazos estabelecidos foram sendo feitos desde 2012. Mas os militantes do MAB reclamam que concretamente quase nada avançou. No último dia 10 de março, em reunião do MAB com o ministro Gilberto, foram retomados todos os pontos do acordo de 2012, e o ministro se comprometeu com novos prazos, que venceram em final de março. Lamentavelmente os principais pontos para aprovação, a PNAB e questões concretas, tais como os PAIS, a criação do Fundo Social e a aquisição de terras pra reassentar as famílias cadastradas, não se concretizaram até o momento, afirmam as lideranças do MAB.
Segundo Joceli Andrioli, da coordenação nacional do MAB, esta situação tem preocupado. Os prazos assumidos pelo governo passam e as ações não se concretizam. Isso gera um desgaste político. Não sabemos se o que ocorre é intencional. Porque para atender a pauta dos atingidos demora anos e não se resolve, mas quando as empresas de energia pressionam o governo, de imediato são liberados bilhões de reais?, questiona o coordenador.
Nós simplesmente estamos solicitando do Governo que demonstre que é possível resolver, e isso tem que ser feito logo, pois entraremos em período eleitoral, e então as coisas ficam ainda mais difíceis, afirma Joceli.
À tarde o grupo de atingidos fará um ato simbólico em defesa da Petrobras, dizendo que a Petrobras é patrimônio do povo brasileiro.
Mobilizações em outros estados
Neste dia 27, os atingidos por Belo Monte voltam a fazer mobilizações na região de Altamira para cobrar o andamento dos pontos acordados em março com a Norte Energia. Já no Paraná, os atingidos pela barragem de Baixo Iguaçu exigem da Neoenergia e da Copel avanços nas negociações. No Rio de Janeiro, atingidos pela barragem de Guapiaçu exigem do governo do Estado esclarecimentos e atendimento à pauta.
Telefones para contato:
Secretaria do MAB 61 3386 1938
Joceli Andrioli 31 9112 812
Evandro Nesello 64 9222 4240