Atingidos ocupam INCRA em Rondônia por reassentamento
Cerca de 250 atingidos organizados no MAB ocuparam o INCRA nesta manhã e seguirão acampados durante a semana. O movimento reivindica a vistoria de 5 áreas de terra para reassentar […]
Publicado 27/05/2014
Cerca de 250 atingidos organizados no MAB ocuparam o INCRA nesta manhã e seguirão acampados durante a semana.
O movimento reivindica a vistoria de 5 áreas de terra para reassentar 730 famílias do baixo Madeira e outras 1.000 famílias atingidas pela usina de Samuel.
As famílias do baixo Madeira se encontram em acampamentos provisórios na cidade de Porto Velho após as cheias e terão que ser todas reassentadas, já que suas moradias foram destruídas. As famílias atingidas pela usina de Samuel enfrentam o problema do reassentamento a muitos anos, essas famílias não receberam seus direitos ou foram mal indenizadas. Em 2010 foram cadastradas pelo governo, mas até hoje nenhuma foi reassentada.
O Movimento dos Atingidos por Barragens também cobra o envolvimento do governo federal na solução dos problemas dos atingidos em Rondônia. Reivindica uma negociação com as empresas Odebrecht e Suez, proprietárias majoritárias das usinas de Santo Antônio e Jirau no rio Madeira, para solução dos inúmeros prejuízos causados com o aumento do lago no período das cheias. Somente no distrito de Jacy-Paraná, cerca de 200 famílias atingidas pela usina de Santo Antônio terão que ser reassentadas. Com o enchimento do lago, estas famílias tiveram suas casa alagadas.
As mobilizações somam-se com as demais lutas que acontecem pelo país para cobrar a política de direitos e para baixar o preço da luz. Os aumentos nas contas de luz em diversos estados são resultado do alto preço que usinas vem cobrando nos últimos meses, principalmente CEMIG, CESP e COPEL. Estas empresas estão cobrando pela energia preços altíssimos, chegando a R$ 822,83/MWh, 25 vezes mais caro que usinas da Eletrobrás. Este alto custo, está sendo repassado em aumentos nas contas de luz para as residenciais, afirma Ocelio Muniz da coordenação do MAB. Neste momento os atingidos reivindicam o cancelamento dos aumentos, pauta já entregue à ANEEL no final de março.