Inicia encontro da Rede Latino Americana de Atingidos por Barragens

Acompanhe a cobertura do V Encontro da Redlar pelo site da Radio FM Mundo Real

Comunidades ameaçadas e atingidas por barragens, movimentos sociais e organizações ambientalistas e de direitos humanos de toda América Latina se encontrarão de 6 a 12 de outubro, no departamento de Petén, Guatemala, para o V Encontro da Rede Latino Americana contra Barragens, pelos Rios, suas Comunidades e pela Água (REDLAR).

O encontro se propõe a debater a política energética da América Latina, a luta contra as barragens e o direito à consulta aos ameaçados, entre vários outros temas.  No encontro também se dará seguimento aos planos de integração e se denunciará a criminalização dos processos de resistência.

Militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens estão participando do encontro da Redlar e levarão a experiência de luta e organização dos atingidos por barragens no Brasil. “Em nosso encontro nacional, que aconteceu no início de setembro, tivemos a presença de 20 países, entre eles muitos latino americanos. Queremos cada vez mais estreitar nossos laços de organização com nossos companheiros e companheiras, pois percebemos que os mesmos inimigos que nos assolam e violam nossos direitos, fazem a mesma coisa em outros países”, afirmou Robson Formica.

Em entrevista para a Radio Mundo Real, a mexicana militante da Redar, Monica Montalvo,  considerou que justamente pela problemática socioambiental no território guatemalteco, é de grande importância que ali se realize o V Encontro Latino Americano da REDLAR, “especialmente próximo ao Rio Usumacinta, que tem serias ameaças de privatização e construção de represas”, disse.

Estas ameaças aparecem em todo o norte do departamento de Huehuetenango devido aos interesses que as empresas tem sobre os recursos naturais nessa região: “Há interesses sobre exploração de petróleo, minérios, hidroelétricas e toda a biodiversidade que tem ali”, afirmou Monica. Com respeito ao encentro da REDLAR, a militante considerou que entre os objetivos principais está “fazer os interessados no negocio da energia ver que a luta pela defesa da água e contra as barragens, não é de uma só organização ou de um só povo, mas que existe uma articulação internacional de lutas”.