Em Itaituba, população faz manifestação histórica
Milhares de pessoas realizaram nesta quinta-feira (20) uma das maiores manifestações populares da história da cidade de Itaituba, no oeste do Pará. Após rápida divulgação feita por meio de redes […]
Publicado 21/06/2013
Milhares de pessoas realizaram nesta quinta-feira (20) uma das maiores manifestações populares da história da cidade de Itaituba, no oeste do Pará. Após rápida divulgação feita por meio de redes sociais tendo a adesão de associações, sindicatos, pastorais sociais e movimentos populares, o movimento chamado Itaituba Acordou, vem pra rua reuniu a população para protestar contra os diversos problemas enfrentados pelo povo na região.
Em centenas de faixas e cartazes, era clara a indignação contra os altos preços das tarifas, as péssimas condições da saúde, da educação, da moradia, do saneamento básico. Também foi cobrada maior agilidade nas ações do poder público em suas várias esferas para que fossem resolvidos problemas antigos como a contaminação no abastecimento de água na cidade. Entre as muitas pautas colocadas, o movimento Itaituba Acordou, vem pra rua, formado principalmente por professores e estudantes, enfatizou os altos preços do moto-táxi na cidade, um dos mais caros do estado, e a instalação do campus Universidades Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e melhorias na Escola de Educação Tecnológica do Pará (ETEPA).
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) enfatizou o caráter histórico das mobilizações que estão ocorrendo no país e que é preciso também trazer este movimento para a Amazônia. Em sua fala, insistiu que é preciso reunir toda a população para debater o futuro da região sob a perspectiva do povo, sobretudo devido às promessas de desenvolvimento anunciadas pela construção do Complexo Tapajós.
Nossa cidade não tem estrutura para receber tanta gente que poderá vir para nossa região. Altamira, que esperava o progresso com a vinda de Belo Monte, hoje está mergulhada no caos. É preciso reunir a juventude e todo o povo para debater o futuro. Somos contra as barragens, mas, mais do que isso, temos que debater que é preciso melhorar a qualidade de vida do povo, tendo ou não as hidrelétricas, e que para isso é preciso mobilizar, afirmou Thiago Alves, membro da coordenação do MAB.
Um novo protesto já foi convocado pelo Itaituba Acordou, vem pra rua neste no sábado, a partir das 16h.