Movimentos sociais da América Latina participam de assembleia da Alba em SP
Da Página do MST Um momento significativo para as lutas populares começou nesta quinta-feira (16/5) com a abertura da 1ª Assembléia de Articulação dos Movimentos Sociais para a […]
Publicado 17/05/2013
Da Página do MST
Um momento significativo para as lutas populares começou nesta quinta-feira (16/5) com a abertura da 1ª Assembléia de Articulação dos Movimentos Sociais para a Aliança Bolivariana das Américas (Alba), que reúne mais de 150 delegados de 22 países, na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Sem Terra (MST), em Guararema, em São Paulo.
A plenária, que foi batizada com o nome do comandante Hugo Chávez, termina na segunda-feira. Na abertura, João Pedro Stedile, da Direção Nacional do MST, apresentou as linhas gerais do projeto de integração defendido pela Alba.
Stedile percorreu três períodos, começando pelo primeiro entre 90 a 98. “Foi um momento de resistência. Paramos o avanço do neoliberalismo e do Império, construímos redes de articulação, organizações e fóruns continentais, que culminou com a vitória esmagadora de Chávez”, disse.
Depois, houve um período de debates e a criação do Fórum Social Mundial, onde foi construída a Assembleia dos Movimentos Sociais. Ficamos satisfeitos com a grande aliança antineoliberal que estava sendo criada. Havia vitórias eleitorais e depois foram criados diversos instrumentos continentais, disse, citando a Alba, Petrocaribe, Unasul, além da reorientação do Mercosul nos anos 2000.
“No entanto, tivemos que construir uma proposta de integração independente dos governos, mas com o mesmo projeto político de transformação das estruturas da sociedade capitalista”, afirmou João Pedro, que participou das articulações entre 2007 e 2010, que incluiu reuniões com Chávez, para traçar o futuro desse processo.
Naquele momento, a proposta ainda era de criação de um conselho de movimentos sociais da Alba, reduzido às nações signatárias. No entanto, a experiência popular de organização continental impõs a participação dos diferentes movimentos de toda a região. “Marcou a necessidade de mover-se sobre a nossa própria realidade e ter um espaço de autonomia, com o estatuto moral para criticar e apoiar os governos, se necessário. A tarefa de administrar um Estado não é apenas dos partidos “, disse o líder do MST.
A partir dessa perspectiva, foram realizados na ENFF seminários conjuntos, que alimentaram o projeto de integração popular, que representou avanços ao longo dos anos com a formação de políticas em solidariedade ativa com Honduras, Haiti, Colômbia e Paraguai, a organização de brigadas internacionais, a criação de meios de comunicação como Albatv, Telesur, Aler, as experiências produtivas autogestionárias, a participação de feministas, estudantes, trabalhadores, camponeses e indígenas.
A assembleia pretende continuar o debate sobre o sentido da integração popular da América Latina, a organização e mobilização nas ruas e o estudo da luta de classes no contexto atual, que serão debatidos nesses cinco dias.