Ação unificada reúne 10 mil em Belo Horizonte
Cerca de 10 mil pessoas participaram na tarde hoje (24), em Belo Horizonte (MG), de um grande ato unificado em defesa da educação. A maior parte do público era de […]
Publicado 25/08/2011
Cerca de 10 mil pessoas participaram na tarde hoje (24), em Belo Horizonte (MG), de um grande ato unificado em defesa da educação. A maior parte do público era de professores que estão em greve há quase 80 dias. Também participaram estudantes, movimentos sociais da Via Campesina, Assembléia Popular, sindicatos, movimento popular urbano, entre outros, em um grande momento de levante dos trabalhadores e trabalhadoras do estado de Minas Gerais.
Os professores estão em greve para reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração. Apesar da Lei Federal Nº 11.738/08 definir que o Piso Salarial Profissional Nacional dos Trabalhadores em Educação deva ser R$ 1.597,87, os contracheques comprovam que, em Minas Gerais, o governo paga R$ 369,89 para um professor da educação básica.
Em moção de apoio assinada por inúmeras entidades, elas afirmam que a recusa do governador mineiro, ex-professor universitário, em negociar com os trabalhadores em greve representa o risco da perda do ano letivo dos alunos, o que é lastimável.
A concentração para o ato aconteceu na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, onde os professores decidiram por unanimidade a continuação da greve por tempo indeterminado.
Ocupação do INCRA continua
A ocupação do Incra na capital mineira, iniciada na segunda-feira pelos militantes da Via Campesina, continua como forma de pressão para que as negociações avancem em Brasília. Os coordenadores nacionais dos movimentos que participam do acampamento nacional aguardam nova rodada de negociações com o governo para quinta ou sexta-feira desta semana. A porta das negociações se abriu depois que os movimentos ocuparam o Ministério da Fazenda no dia de ontem (23).
Em Minas Gerais o MAB cobra imediato reassentameto das 1129 famílias cadastradas pelo INCRA-MG no ano de 2010; vistorias, até o mês de outubro, das áreas de terra apresentadas pelo MAB ao INCRA, conforme combinado em audiências; continuidade do cadastramento das famílias atingidas por barragens sem terra em MG; realização de convênio entre IINCRA e MAB para capacitação das famílias atingidas já cadastradas; e que o recurso destinado à aquisição de terras dos atingidos por barragens seja oriundo das empresas e consórcios das barragens. Por fim o MAB exige que o INCRA seja mediador e protagonista das negociações com as empresas e consórcios, possibilitando poupar os fundos públicos para outros fins da reforma agrária.