Mulheres camponesas fazem protesto na Braskem no RS
As mulheres trabalhadoras do campo e da cidade realizam neste ano mais uma jornada nacional de lutas em torno do dia 8 de março. Na manhã desta terça-feira (1/3), cerca […]
Publicado 01/03/2011
As mulheres trabalhadoras do campo e da cidade realizam neste ano mais uma jornada nacional de lutas em torno do dia 8 de março.
Na manhã desta terça-feira (1/3), cerca de 800 mulheres ocupam o pátio da empresa Braskem, do grupo Odebrecht, no Pólo Petroquímico de Triunfo, região metropolitana de Porto Alegre.
A ação é organizada pelas mulheres da Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Levante da Juventude e Intersindical e integra a jornada nacional de lutas das mulheres.
A manifestação na Braskem tem o objetivo de denunciar que o plástico verde, produzido à base de cana-de-açúcar, é tão nocivo e poluidor quanto o plástico fabricado à base de petróleo.
O produto é propagandeado pela empresa e pelos governos como uma solução para os problemas ambientais. No entanto, as mulheres alertam que o plástico verde irá intensificar a proliferação do monocultivo, intensificar a transgenia, o uso de agrotóxicos e a concentração de terra.
Para viabilizar a produção de plástico verde em grande escala, a empresa tem como meta plantar quase dois milhões de hectares de cana-de-açúcar no RS. Isso inviabiliza ainda mais a agricultura camponesa e gera a expulsão de milhares de famílias camponesas da terra.
Para a população da cidade, o crescimento de mais essa monocultura significa aumento dos preços dos alimentos e mais pessoas disputando empregos e moradia.
Também no RS, em Passo Fundo, as mulheres realizam atividade de formação e ato público, no centro da cidade.