Atingidos pelo Complexo Madeira fazem audiência com Enersus

Como resultado da jornada do dia internacional de luta contra as Barragens, comemorado no 14 de março, uma comissão de 10 representantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) irá […]

Como resultado da jornada do dia internacional de luta contra as Barragens, comemorado no 14 de março, uma comissão de 10 representantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) irá participar de uma audiência com o Consórcio Enersus (dono da UHE Jirau), hoje (17), às 18h30, em Porto Velho (RO).

Cerca de 300 atingidos pelas barragens de Samuel, Santo Antônio e Jirau, estão acampados na comunidade de Mutum, ao lado da BR 364, desde segunda-feira (15). Dependendo de como for a audiência, eles decidem se permanecem acampados, ou não.

O consórcio Enersus (Camargo Corrêa, GDF Suez, Chesf e Eletrosul) é responsável pelo programa de remanejamento da população atingida, mas não atende a vontade popular de resolver as situações pendentes quanto às indenizações e à realocação. Quando são indenizados, os ribeirinhos recebem casas de placas nas agrovilas. Dezenas dessas casas já caíram, mesmo antes de serem ocupadas. “É um modelo que para realidade da Amazônia não serve, pois a região é muito quente e será insuportável viver nelas, além do mais, a qualidade dessas casas é péssima e nós não queremos morar nesses lugares”, declarou uma moradora. Outros, recebem reassentamentos de apenas 3 hectares, sendo que antes da barragem eles moravam em áreas de cerca de 50 hectares.

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